Avô e Avó, eu e a mana
Eu,a mana e a Inês
Foi uma tarde bem passada em óptima companhia...
Hoje os meus avós e os meus pais fizeram aniversário de casados...
Os primeiros 50 anos e os segundos 27 anos.
deixo-vos algumas fotos.
Foi uma tarde bem passada em óptima companhia...
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"O meu amor não cabe num poema ― há coisas assim,
que não se rendem à geometria deste mundo;
são como corpos desencontrados da sua arquitectura
os quartos que os gestos não preenchem.O meu amor é maior que as palavras;
e daí inútil a agitação dos dedos na intimidade do texto ―a página não ilustra o zelo do farol que agasalha as baías
nem a candura a mão que protege a chama que estremece.O meu amor não se deixa dizer ― é um formigueiro
que acode aos lábios com a urgência de um beijo
ou a matéria efervescente os segredos;
a combustão laboriosa que evoca, à flor da pele, vestígios
de uma explosão exemplar: a cratera que um corpo,ao levantar-se, deixa para sempre na vizinhança de outro corpo.O meu amor anda por dentro do silêncio a formular loucuras
com a nudez do teu nome ― é um fantasma que estrebucha
no dédalo das veias e sangra quando o encerram em metáforas.Um verso que o vestisse definharia sob a roupa
como o esqueleto de uma palavra morta. nenhum poema
podia ser o chão a sua casa."
Maria do Rosário Pedreira
que não se rendem à geometria deste mundo;
são como corpos desencontrados da sua arquitectura
os quartos que os gestos não preenchem.O meu amor é maior que as palavras;
e daí inútil a agitação dos dedos na intimidade do texto ―a página não ilustra o zelo do farol que agasalha as baías
nem a candura a mão que protege a chama que estremece.O meu amor não se deixa dizer ― é um formigueiro
que acode aos lábios com a urgência de um beijo
ou a matéria efervescente os segredos;
a combustão laboriosa que evoca, à flor da pele, vestígios
de uma explosão exemplar: a cratera que um corpo,ao levantar-se, deixa para sempre na vizinhança de outro corpo.O meu amor anda por dentro do silêncio a formular loucuras
com a nudez do teu nome ― é um fantasma que estrebucha
no dédalo das veias e sangra quando o encerram em metáforas.Um verso que o vestisse definharia sob a roupa
como o esqueleto de uma palavra morta. nenhum poema
podia ser o chão a sua casa."
Maria do Rosário Pedreira