sexta-feira, 13 de março de 2009

fim de semana agradável...


"A maior solidão é a do ser que não ama.

A maior solidão é a dor do ser que se ausenta,

que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.

A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo,

no absoluto de si mesmo,o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor,

de amizade, de socorro.

O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo.

Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno.

Ele é a angústia do mundo que o reflete.

Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre."

Vinicius de Moraes

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

onde está a essência??


"Cada um vê o que pareces, poucos sentem o que és. "
Maquiavel
"um dia eu vou partir
porém levo comigo este amor
e a felicidade de saber que um dia amei.
Fui feliz porque te amei,
por ti chorei, por ti sonhei...
não tive mais de um beijo
e apenas por isso eu fui feliz."
Vanessa

Lua




Hoje a lua está fantástica e apetece-me estar contigo, numa qualquer praia deserta.

"Diz-me o teu nome - agora, que perdi
quase tudo, um nome pode ser o princípio
de alguma coisa. Escreve-o na minha mão
com os teus dedos - como as poeiras se
escrevem, irrequietas, nos caminhos e os
lobos mancham o lençol da neve com os
sinais da sua fome.
Sopra-mo no ouvido,como a levares as palavras de um livro para
dentro de outro - assim conquista o vento
o tímpano das grutas e entra o bafo do verão
na casa fria. E, antes de partires, pousa-o
nos meus lábios devagar: é um poema
açucarado que se derrete na boca e arde
como a primeira menta da infância.
Ninguém esquece um corpo que teve
nos braços um segundo - um nome sim."
Maria do Rosário Pedreira

saudades do beijo....





o que a carência e a saudade fazem....
podia-me dar para pior mas cá estou eu a comer pintarolas e a ouvir esta música: cat power - rambling woman

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

mata-me de amor...


um dia destes enviei a seguinte sms:


"apenas porque te sinto demais,

Deve ser amor isto que sinto

que dói sem querer,

que cresce sem dizer.

Deve ser amor isto que sinto,

que brota no meu peito

e me deixa assim sem jeito.

Tenho tanta saudade que dói

em cada pedaço teu

que ficou em mim.

em cada beijo, em cada sonho,

o nosso abraço."


Eu ainda "morro de amor"....


ah e não obtive resposta. ;)

mas a vida é uma festa, eu amo e sinto-o à flor da pele, sinto uma saudade imensa...

Um minuto de amor pode durar uma vida.


sábado, 31 de janeiro de 2009

Há amores assim...

Eu e o meu papi
Avô e Avó, eu e a mana

Eu,a mana e a Inês


Hoje os meus avós e os meus pais fizeram aniversário de casados...



Os primeiros 50 anos e os segundos 27 anos.



deixo-vos algumas fotos.

Foi uma tarde bem passada em óptima companhia...
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"O meu amor não cabe num poema ― há coisas assim,
que não se rendem à geometria deste mundo;
são como corpos desencontrados da sua arquitectura
os quartos que os gestos não preenchem.O meu amor é maior que as palavras;
e daí inútil a agitação dos dedos na intimidade do texto ―a página não ilustra o zelo do farol que agasalha as baías
nem a candura a mão que protege a chama que estremece.O meu amor não se deixa dizer ― é um formigueiro
que acode aos lábios com a urgência de um beijo
ou a matéria efervescente os segredos;
a combustão laboriosa que evoca, à flor da pele, vestígios
de uma explosão exemplar: a cratera que um corpo,ao levantar-se, deixa para sempre na vizinhança de outro corpo.O meu amor anda por dentro do silêncio a formular loucuras
com a nudez do teu nome ― é um fantasma que estrebucha
no dédalo das veias e sangra quando o encerram em metáforas.Um verso que o vestisse definharia sob a roupa
como o esqueleto de uma palavra morta. nenhum poema
podia ser o chão a sua casa."
Maria do Rosário Pedreira




sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

há coisas fantásticas,não há?...


"Esta manhã encontrei o teu nome
nos meus sonhos
e o teu perfume a transpirar
na minha pele.E o corpo doeu-me
onde antes os teus dedos foram aves de Verão
e a tua boca deixou um rasto de canções.
No abrigo da noite,soubeste ser o vento
na minha camisola, e eu despi-a para ti,a dar-te um coração que era o resto da vida- como um peixe respira na rede mais exausta.
Nem mesmo à despedida foram os gestos contundentes:
tudo o que vem de ti é um poema.
Contudo ao acordar, a solidão sulcara um vale
nos cobertores e o meu corpo era de novo um trilho abandonado na paisagem.
Sentei-me na cama e repeti devagar o teu nome,
o nome dos meus sonhos, mas as sílabas caíam no fim das palavras,
a dor esgota as forças, são frios os batentes nas portas da manhã."
Maria do Rosário Pedreira.